sábado, 21 de novembro de 2009

Sucumbido


Meu Deus, que projeto é o homem?

Infinito?

Somos um desejo do cosmos que não deu certo?

Um tropeço da matéria?
Ou a saliva do Espírito lançada no barro da misericórdia?


Quem preenche esse vazio profundo de dentro de nós?

Quem pode nos salvar do relativo?

Da desigualdade que divide em classes a raça humana?


As vezes eu me canso...


Canso da humanidade nos meus fracassos,
nos meus pecados:

Asco de mim!


Eu quero a totalidade quando o fragmento e a parcela é o que se espalha por aí,

é o que se encontra em finitos.


Tenho medo do enquadramento,

medo da felicidade nos objetos efêmeros,

da ilusão, produto do endeusamento das coisas que se adquire.


Medo da vaidade.

Sou insatisfeito da imanência.

Embora seja isso o que sou,
habitado pela grandeza desejante
e pela cura do limitado não me atrevo furtar em minha intenção uma prece,

um desejo suplicante,

um pedido de perdão pelo que sou.